Hoje conheceremos um pouco de como a famosa história do Mogli, o menino lobo, passou a integrar o programa do Ramo Lobinho em todo o mundo. Esta matéria é parte da comemoração da Semana do Lobinho, iniciada na segunda-feira dia 04 de outubro, dia do lobinho, com a notícia do retorno as alcateias às atividades presenciais, depois na terça conhecemos em Curiosidades Históricas o início do ramo lobinho, então tivemos na quarta a entrevista super especial com a Akelá da Alcateia Waingunga, a chefe Katia, culminando hoje em mais esta história curiosa do ramo. Então vamos conhecer mais?
Como vimos anteriormente, o dia 2 de dezembro de 1916 quando foi publicado o Manual do Lobinho foi considerado o marco de fundação do ramo. Neste manual, que você pode conferir em inglês, clicando aqui, B-P trazia para junto do programa um fundo de cena necessário para trabalhar a imaginação dos pequenos. Ele escolheu para isso o Livro da Jângal, de Rudyard Kipling.
O Livro da Jângal foi publicado pela primeira vez em Nova York, em 1904 e conta a história de um menino criado nas selvas indianas por uma alcateia de lobos e outros animais da floresta. Esta história captou a imaginação do público e B-P, muito versado em literatura, tratou de usufruir desta no escotismo.
B-P entendia a importância da imaginação para meninos mais jovens e reconheceu, nesta obra, o suporte que viria dar a eles todo o divertimento, interesse e atividades que necessitavam. Então Baden Powell escreveu a Kipling para solicitar permissão para tomar “The Jungle Books” a base em seu método.
Uma curiosidade interessante é que Kipling foi amigo do escotismo desde os primeiros dias, ele foi autor da música oficial do escotismo e também foi pai de escoteiro, logo deu todo o consentimento para o uso de sua história dentro do movimento.
De sua maneira pragmática B-P adaptou a história em trechos do dia-a-dia prático nas alcateias, transformando os sonhos e alegrias de Kipling em um método educacional para os meninos mais jovens. Esse casamento história com a ação foi tão bem-sucedido que permanece como um elemento importante no Ramo Lobinho até hoje.
Então se hoje temos uma selva, em nosso grupo escoteiro repleta de Baloos, Akelás, Kotiques, Mangues, Chills, Bagueeras entre outros, isto é resultado de um trabalho continuo e bem organizado de B-P. Que foi estudando sobre a educação desde os primórdios do movimento escoteiro, aplicando os melhores métodos para diferentes tipos de jovens.
É muito interessante conhecer um pouco mais do desenvolvimento e curiosidades da história do escotismo não acha? Por isso, esperem sempre mais em nosso site!
Melhor Possível!
Por Junior Castro Bieger – Diretor de Comunicação G.E. São Gaspar Bertoni – 124/PR
Ilustrações: Baden Powell
Fontes: Lanterna Scout de Antonio Carlos Mello e Manuais do Ramo Lobinho dos Escoteiros do Brasil.