G.E. São Gaspar Entrevista: Diulia de Paulo Cardia.

Hoje temos uma entrevista muito bacana em nosso site, vamos conhecer mais de uma jovem que está cursando Relações Públicas na UFPR e é Insígnia de B-P do Grupo Escoteiro São Gaspar Bertoni. Quer saber mais? Vem conosco!

Diulia e o clã pioneiro em 2019 durante atividade em que debateram saúde mental com a presença de uma psicóloga.

Hoje em dia, Diulia atua como coordenadora da Associação de Ex-alunos de Programas de Intercâmbio da Embaixada dos Estados Unidos (Usbea Brasil). Ela tem grande vivência no exterior, tendo visitado mais de dez países e morado durante oito meses na cidade de Köln na Alemanha, onde teve a oportunidade de ganhar fluência em sua terceira língua e também desenvolver um projeto de cunho pessoal envolvendo a prática do Escotismo e a imersão cultural na Alemanha e em países lusófonos como Portugal. Atualmente, desempenha os papéis de Analista de Comunicação e Produtora de Conteúdo Digital para os Escoteiros do Brasil.

Patrulha Sênior Kanoê em 2014 durante Acantur na Ilha do Mel.

Com todo esse gabarito veio a curiosidade de conhece-la melhor, entender no que o grupo ajudou ela e saber um pouco mais de seu trabalho na nacional. Vamos lá?

1 – Como você entrou no grupo? A quanto tempo faz parte do G.E. São Gaspar Bertoni?

Conheci o movimento por influência de amigos que me levaram para uma atividade sênior quando eu tinha 14 anos, então sou escoteira há 7 anos. Minha primeira atividade foi bem pouco atrativa, estávamos arrumando a sala da tropa sênior (risos) depois da atividade, fui convidada pelos chefes para ir à sociabilidade que teríamos na casa de um dos elementos da tropa, onde tive meu primeiro contato com a comida mateira.

Me considero uma pessoa muito ávida por conhecimento e por isso quis entender mais sobre o Movimento Escoteiro e todas as aplicações dele na nossa vida prática. Também me identifiquei muito com o pessoal na época, foi fácil decidir voltar no sábado seguinte e no outro e no outro… 🙂

Diulia visitou a França como parte de seu projeto pioneiro em 2017 e levou consigo o lenço do São Gaspar.

2 – Quais suas lembranças de jovem mais marcantes no movimento escoteiro?

Acho que o meu primeiro acampamento foi muito marcante porque era tudo muito novo e foi um de sobrevivência, então foi realmente uma prova de fogo para mim. Lembro que no dia estava chovendo muito, a lenha estava molhada, ficamos defumados. O chefe chegou para nos ajudar e quando estava voltando para o campo da chefia disse que logo voltava trazendo um ponto de luz. Obviamente era uma piada, mas eu acreditei e até hoje me chamam assim as vezes…

Clã Pioneiro Excalibur durante Acantur em Foz do Iguaçu em 2016.
Diulia em visita ao Parque das Aves (Foz do Iguaçu), em 2016 durante acampamento do São Gaspar.

De forma geral, os acampamentos são sempre marcantes e as edições do ACANTUR que o São Gaspar realiza, para mim que amo viajar, são as melhores, porque temos a chance de conhecer novos lugares, novas pessoas e compartilhar momentos incríveis de descoberta e de boas risadas com nossos irmãos escoteiros. O acampamento da Ilha do Mel em 2014 e de Foz do Iguaçu em 2016 têm um espaço especial no meu coração.

Quando morei na Alemanha, período em que coloquei em prática o meu projeto de Insígnia de B-P, tive a chance de conhecer grupos escoteiros por lá e foi uma experiência simplesmente indescritível. Pude acampar com eles e testemunhei a realização da Promessa de duas guias, uma noite de canções ao pé do fogo, a despedida de um jovem pioneiro e várias outras ocasiões que me deram ainda mais motivos para amar o Movimento Escoteiro e tudo o que vivemos por causa dele.

São Gaspar recebe Ulli, um escoteiro alemão que estava a passeio em Curitiba, que foi acolhido pelo clã pioneiro e assistiu à apresentação do projeto pioneiro de Diulia, realizado na Alemanha.

3 – O escotismo te ajudou a ser a pessoa que você é hoje? De que forma?

Sem dúvidas. Um exemplo muito claro é a minha profissão. Assim como qualquer jovem, no ensino médio eu tinha muitas dúvidas sobre qual curso escolher. Na época estava no ramo sênior e escolhi fazer a especialidade de jornalismo. Um dos itens era escrever e diagramar um informativo quinzenal para o grupo, chamei o informativo de “Por Dentro com a Kailash” e à medida que lançava uma nova edição, comecei a receber muitos elogios por conta da minha escrita. Não lembro se já tinha pensado em fazer comunicação, mas lembro que foi a partir desse momento que tive certeza que era algo que podia dar certo para mim. Hoje sou bastante realizada com o curso que escolhi e acho que tem tudo a ver comigo.

Além disso, através do Escotismo conheci amigos que hoje são o meu porto seguro, de várias maneiras, e tive lições práticas de muitos valores que eu carrego comigo hoje. Lealdade, disciplina, economia, superação são só alguns deles. Também tive experiências que só foram possíveis por causa do Movimento. Conhecer novos lugares, fazer amigos do outro lado do Planeta, ajudar pessoas e participar de projetos/programas que foram muito construtivos e importantes para o meu desenvolvimento pessoal.

Diulia ministrou a oficina “Boas práticas para as redes sociais das Unidades Escoteiras Locais” no último evento nacional de formação de adultos, já como parte do time de profissionais dos Escoteiros do Brasil.

4 – Como é sua atuação na Comunicação dos Escoteiros do Brasil?

Atualmente eu sou analista de Comunicação nos Escoteiros do Brasil e isso quer dizer que eu faço basicamente um pouco de tudo o que envolve a comunicação da instituição. Mas minha principal função é produzir conteúdo para as nossas redes sociais: isso inclui o nosso site, o qual eu abasteço com matérias de assuntos variados, mas sempre conectados ao Escotismo e também o Instagram, Facebook, Linkedin, Twitter e TikTok.

Cada rede social possui um direcionamento um pouco distinto, mas o Instagram é o carro chefe da comunicação, porque é a rede social com mais força. Fui responsável por implementar a estratégia de mídias sociais de cada uma das redes e também por manter tudo sempre atualizado e com informações relevantes para os nossos públicos, sejam eles associados, parceiros, famílias de escoteiros ou pessoas interessadas no Movimento.

Diulia em atividade de conscientização sobre trânsito seguro, realizada pelo São Gaspar em parceria com o Detran, durante o maio amarelo.

Eu amo o trabalho que desenvolvo lá porque envolve muito a escrita e tentar passar um pouco do que é o Escotismo para pessoas que não conhecem. Isso sempre foi algo que eu fiz desde que entrei no grupo, porque queria que todo mundo tivesse a experiência maravilhosa que eu tive com esse Movimento. Então escrever sobre tudo isso é realmente muito gratificante.

5 – Deixe uma mensagem para o Grupo Escoteiro São Gaspar Bertoni, em homenagem aos seus 30 anos, dos quais você ajudou a construir.

Acho que a mensagem mais importante que eu posso deixar para os jovens do São Gaspar é: invistam na progressão de vocês e escolham um assessor pessoal no qual vocês se inspiram. Hoje talvez vocês não compreendam exatamente do que se trata o método escoteiro e o programa educativo dos Escoteiros do Brasil, mas ele foi 100% pensado para realmente ser uma forma de ajudar vocês a se desenvolverem e se conhecerem. Falamos tanto em autoconhecimento, mas acho que a maioria das pessoas não sabe aproveitar as oportunidades de se autoconhecer. E o Escotismo é uma “baita” oportunidade para isso.

Em 2019, prestes a completar 21 anos, Diulia recebeu a Insígnia de BP, distintivo máximo de progressão no Ramo Pioneiro, por conta de seu projeto pessoal desenvolvido na Alemanha.

As dificuldades do dia-a-dia podem facilmente nos tornar pessoas pessimistas e reticentes com a vida, mas o Escotismo nos ensina como passar por tudo isso e seguir sendo uma pessoa que acredita que o mundo realmente pode ser um lugar melhor e que você pode ajudar a construí-lo.

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Viram como ter um sonho pode ser potencializado pelo escotismo? Diulia descobriu que era atuar na área de comunicação que queria em seu futuro graças a uma especialidade escoteira que a levou a escrever. Essa curiosidade aliado as experiências que ela teve no exterior foram parte de sua formação como jovem do nosso grupo. Hoje, Diulia atua com o que gosta e alia tudo isso ao escotismo. Na nacional ela tem muitas experiências que a ajudam a desenvolver-se ainda mais! Por isso, quando você é escoteiro ou voluntário do escotismo, você não apenas está lá, você está tendo vivencias que vão te transformar para sempre, assim como aconteceu com Diulia.

Agradecemos a ela pela entrevista e esperamos que mais e mais pessoas que fizeram parte da história de nosso grupo participem! Até a próxima!

Sempre Alerta!

Por Junior Castro Bieger – Diretor de Comunicação G.E. São Gaspar Bertoni – 124/PR

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Endereço: R. Cel. João da Silva Sampaio, 702 – Jardim Botânico, Curitiba – PR
Horário: Sábado das 14:30 às 17:30

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