G.E. São Gaspar Entrevista: Veleda Astarte Müller

A algum tempo atrás, em pesquisas na internet, encontramos um pequeno tesouro do São Gaspar Bertoni, um “site blog pessoal” de uma jovem escoteira do grupo de meados de 2005. Este blog estava cheio de relatos e imagens de atividades da época, muito bem organizadas pela jovem. Era como um fóssil pronto para fornecer evidências, visto que estava desativado e com informações faltando. Mas com uma exploração mais a fundo conseguiu-se descobrir muitos detalhes de uma atividade da época, o que levou ao desenvolvimento um “tbt” muito especial sobre o IV Setoríades, bivaque distrital, extinto atualmente. Confira nosso “tbt” aqui.

Pois o tal blog era da Veleda, que depois disso passou pelos ramos Sênior e Pioneiro e precisou sair do grupo para continuar seus estudos. Mas onde ela está hoje? O que ela faz? Será que nosso grupo escoteiro mudou-a de alguma maneira?

Por essas curiosidades resolvemos fazer uma entrevista com ela, para saber mais de sua história no São Gaspar Bertoni, confira:

1 – Como você entrou no grupo? Quanto tempo fez parte do G.E. São Gaspar Bertoni?

Olá, obrigada pela oportunidade de participar dessa entrevista e deixar minha história de 11 anos de participação marcada no Grupo Escoteiro São Gaspar Bertoni.

Eu entrei no grupo em 2003, com 10 anos de idade, incentivada principalmente pelo meu pai. Eu morava na região e gostava da ideia de viver aventuras ligadas à natureza, fora da escola e da cidade. Eu entrei diretamente na tropa escoteira e continuei no grupo até a Cerimônia de Investidura Pioneira em 2014.

Veleda escoteira no IV Setoríades.

 

2 – Você teve alguma conquista de insígnia que foi especial para você? Qual?

Com certeza. No período da tropa escoteira a conquista de insígnias era muito divertida, eu e meus companheiros nos empenhávamos para conseguir várias e os respectivos cordões. Acho que a especialidade de “acampador” foi a que mais gostei de buscar, me lembro de ter que bivacar ao ar livre para isso e o fiz uma noite dormindo sozinha na rede em um acampamento. As cerimônias de entrega de cordões também eram bem especiais e lembro do meu cordão vermelho e branco, entregue após um acantonamento na sede junto à meus amigos e meus pais.

3 – Quais as lembranças mais marcantes que você tem do escotismo? Alguma atividade foi surpreendente?

Muitas atividades foram especiais para mim mas com certeza os acampamentos, sejam os de grupo, regionais ou nacionais, eram o melhor! Eu tenho vários marcados na memória, quando montávamos e navegávamos com jangadas de barris, quando andávamos no meio de rios de lama, quando fazíamos fogueira e comida matéria, e claro, dos assustadores jogos noturnos. Uma das lembranças mais marcantes é de um acampamento em que um “alienígena” apareceu no campo e fez muitos de meus amigos chorarem de medo. Eu também gostava dos perrengues que a gente passava e as histórias que rendiam, muitas vezes as barracas alagavam, nos perdíamos no mato, e a comida não dava muito certo, tínhamos que nos virar pra resolver, sempre com espírito de equipe.

Festa de 20 anos do São Gaspar Bertoni.

 

4 – O escotismo te ajudou a ser a pessoa que você é hoje? De que forma?

Muito, a pessoa que sou hoje certamente foi determinada pelos anos de escotismo. Gostaria de ressaltar a minha entrada para o mundo do montanhismo a partir do GESGB. Com 14 anos (2008) eu fiz o Caminho do Itupava pela primeira vez na tropa sênior, e no mesmo ano subi o Marumbi, jamais me esquecerei do mar de nuvens que vi lá em cima dessa épica montanha do Paraná. Agradeço muito a meu chefe sênior Farico (Acassio Stangherlin) por ter me apresentado o mundo do montanhismo que é algo que pratico até hoje como meu hobbie principal e parcialmente até como profissão. Eu decidi estudar Geologia porque gostava de ir pra montanha. Hoje faço doutorado na Itália e tento explicar como as montanhas se formam, além de ir para os Alpes praticar meus esportes de montanha todos os fins de semana.

5 – Deixe uma mensagem para o Grupo Escoteiro São Gaspar Bertoni, em homenagem aos seus 30 anos, dos quais você ajudou a construir.

Gostaria de desejar muito progresso ao GESGB de hoje em diante e que essa chama nunca se apague, que continue acendendo paixões dentro do coração de vários jovens, incentivando-os a ir e a cuidar da natureza, gerando amadurecimento pessoal, e ensinando-os a sair de suas zonas de conforto. Eu fico muito feliz que o grupo tenha crescido tanto durante os anos que estive lá e ainda muito mais depois disso, foi um reflorescimento que tenho muito orgulho de ter participado.

Veleda em Vercors, Alpes Franceses.

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Viram só como o escotismo muda positivamente os caminhos de todos? Veleda hoje mora na Itália, faz seu Doutorado em Geologia e com suas pesquisas muda cada dia o mundo para melhor!

Nós também podemos realizar nossos sonhos participando ativamente de nosso grupo escoteiro, mesmo online aprendemos todos os dias!

Agradecemos a Veleda pela disponibilidade e queremos mais pessoas que passaram pelo São Gaspar aqui!

Sempre Alerta!

Por Junior Castro Bieger – Diretor de Comunicação G.E. São Gaspar Bertoni – 124/PR

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Grupo Escoteiro São Gaspar Bertoni - 124 / PR